Maia Júnior afirma ser necessário encontrar uma nova economia para o Ceará baseada no conhecimento, na tecnologia e na inovação
21 de agosto de 2017 - 11:52
O secretário Maia Júnior disse que o Ceará, nos últimos 30 anos, passou por muitas mudanças e uma sequência de bons governos, o que fortaleceu o Estado, que cresceu mais do que a média do Nordeste. Mas apesar dos bons resultados obtidos, como, por exemplo, na educação básica, saúde, infraestrutura, energia, telecomunicações, na capacidade de recursos hídricos e de modo geral na gestão pública, muitos desafios existem e precisam ser superados. Diante de tudo isso é que é necessário discutir os próximos 50 anos, a fim de formular um novo projeto estratégico para o Ceará.
De acordo com o Titular da Seplag, o novo projeto tem que promover mudanças mais rápidas, não somente acertando políticas públicas, o tamanho do processo de gestão, mas também “melhorando aqueles que já acertaram o passo, elevando o Ceará acima do atual patamar”. Precisamos, portanto, de uma economia que cresça de forma acelerada e a taxas maiores. “Nós temos que remover alguns óbices através do debate, da discussão do Projeto Ceará 2050”.
RESGATE
O professor Flávio Ataliba, diretor Geral do Ipece, ao abrir os trabalhos, observou que a idéia do Fórum e resgatar – e ao mesmo tempo aperfeiçoar – o que existia no passado recente, quando um amplo debate era realizado entre governo e sociedade civil, objetivando apresentar soluções para principais problemas e desafios do Estado. E isso é ainda mais importante no atual momento, quando o país passa por grande dificuldade nas suas políticas econômica e social, impondo aos governos estaduais que busquem atitudes inovadoras de gestão pública.
O Ceará, dentro deste contexto de dificuldades e de caos vivido pela maioria dos estados – explicou Ataliba – está numa situação favorável, pois ainda consegue se manter em equilíbrio e ainda por muitos meses, mesmo diante dos inúmeros percalços. Mas se a crise persistir, se aprofundar, é evidente que o Estado será tragado. “É fundamental que possamos antecipar o que poderá ocorrer dentro dessa realidade caótica e pensarmos quais caminhos alternativos devem ser percorridos, a fim de se proteger e sair, se for o caso, de forma mais rápida, mantendo o equilíbrio fiscal e muitas obrigações, como funcionalismo em dia, pagamentos de contratos e investimentos, dentre outras”.
O Diretor Geral do Ipece frisa que para manter a máquina funcionando é necessário que o Ceará encontre novas alternativas, sendo, portanto, imprescindível uma redefinição de governo, do papel do secretariado, de gestão pública, de fazer mais com menos, aumentando a produtividade. “É uma agenda que está aí, imposta pelo cenário nacional. Este Fórum tem a intenção justamente de iniciar este debate diante desse novo momento, dessa nova realidade” – concluiu.
O Fórum reuniu, no auditório do Ipece, que ficou lotado, secretários, dirigentes de órgão vinculados às Secretarias do Estado, professores de universidades, economistas, estudantes universitários, dentre outros. O Instituto em breve vai divulgar a realização do segundo evento do Fórum Ceará em debate Ipece/Seplag.
Assessoria de Comunicação do Ipece