IPECE debate planejamento estratégico e os novos desafios para Ceará

19 de abril de 2011 - 14:24

Programação fez parte do oitavo aniversário da instituição

Com um amplo debate sobre a importância do planejamento estratégico para o desenvolvimento econômico, particularmente do Ceará, o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG), comemorou, na manhã desta quinta-feira (14), seu oitavo aniversário de criação. Na oportunidade foram lançados dois novos trabalhos do Instituto – o IPECE Informe (números 04 e 05) -, que abordam, respectivamente, “Os objetivos de desenvolvimento do milênio no Ceará” e “A evolução  da composição do PIB cearense na década de 2000”.

     Após um relato sobre o IPECE e suas atribuições, o diretor geral do Instituto, Flávio Ataliba, fez um breve histórico do planejamento no Brasil e no Ceará, apresentando os novos desafios. Ele observou que a coordenação das ações do governo, como indutor do processo de geração de riqueza, é fundamental, sobretudo em economias subdesenvolvidas ou em desenvolvimento. Daí o motivo pelo qual “o planejamento estratégico em direção ao desenvolvimento econômico sustentável ser tão importante”.

De acordo com Flávio Ataliba, o Brasil, dentre os 160 países, é o 150º mais desigual, apesar de importantes progressos nos últimos anos. E os Estados do Nordeste, historicamente, estão entre os mais desiguais do Brasil e o Ceará não é diferente, apesar do muito que já foi realizado pelo Governo nos últimos anos. Tal realidade – segundo Flávio Ataliba – provoca deformações sociais que prejudica o próprio desenvolvimento.

Os novos desafios do planejamento econômico são estabelecer, dentre as ações já em curso, “outras medidas que visem acelerar a geração de riquezas, especialmente entre os mais pobres, de modo a garantir reduções mais significativas da desigualdade”. É preciso – observa – intensificar, cada vez mais, medidas de melhoria da educação pública; estimular e estabelecer condições para que os mais carentes se tornem empreendedores e investir em ciência e tecnologia.

O secretário-adjunto da SEPLAG, Philipe Norttingham, que representou o titular da Pasta, Eduardo Diogo, afirmou que o Ceará está vivendo “um momento importante, reflexo de várias ações, bem como do equilíbrio financeiro e da captação de investimentos nunca antes existente no Governo”.

O Ceará – disse Norttingham – está prestes de concretizar dois grandes projetos: a refinaria e a siderurgia, que vão significar um impacto de fundamental importância na economia cearense. Ele destacou o papel do IPECE nos últimos oito anos, que é de “primordial importância para prosseguir no caminho, com projetos e pesquisas visando ao desenvolvimento”.

O titular da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE), João Alves de Melo, depois de saudar os que fazem o IPECE, afirmou que é através do planejamento “que podemos marcar o caminho do futuro. E o Instituto tem cumprido este papel muito bem no Ceará, pois tem feito prospecções de grande importância para o Estado e lançado desafios que precisam ser enfrentados com muita coragem” . Ressaltou que o Estado tem avançado muito nos últimos anos.

Após os discursos, teve início uma série de palestras, como por exemplo, a de Maria da Piedade Morais, Coordenadora de Estudos Setoriais Urbanos da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que apresentou o Relatório “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) do Estado do Ceará / 2010”.

Outros assuntos discutidos foram “Crescimento e Classes Sociais no Ceará”; “A Evolução da Composição do PIB Cearense na Década de 2000” e “Uma Contextualização das Classes Sociais no Ceará”. O secretário da Fazenda, Mauro Filho, encerrou as comemorações com palestra sobre o tema “O Ceará na conjuntura nacional e internacional”, onde relatou as conseqüências da realidade mundial e nacional, em termos econômicos, no Ceará, que tem apresentado, nos últimos anos, grandes avanços, como, por exemplo, no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).