Ipece divulga PIB do Ceará de 2016

24 de março de 2017 - 19:50

Apesar de negativos, os números mostram desaceleração de queda

O Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará – Ipece, apresentou na tarde dessa sexta-feira (25.03), o PIB do Ceará no último trimestre de 2016 e o PIB do ano 2016. Os resultados mostram números negativos, porém, segundo os analistas, revelam uma desaceleração do ritmo de queda do Produto Interno Bruto no ano de 2016 em comparação ao ano anterior.

No 4º e último trimestre do ano passado o PIB cearense registrou índice de -3,98%. “Sempre comparamos os números com o mesmo período do ano anterior e vemos, claramente, uma desaceleração de queda, tendo em vista que o PIB do Ceará no 4º trimestre de 2015 atingiu -7,74%.”; afirmou o analista de políticas públicas e coordenador de contas regionais do Ipece, Nicolino Trompieri.

Outros sete estados divulgam análise do PIB trimestral. Todos que divulgaram até a presente data também, apresentaram resultados negativos. O pior índice foi observado no Espírito Santo (-6,9%), seguido da Bahia (-5,5%), Ceará (-3,98%.) e São Paulo (-2,3%). Os Estados de Goiás, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul ainda não divulgaram os resultados do PIB no 4º trimestre de 2016, bem como o resultado do ano.

Setores

Todos os setores/atividades apresentaram queda no PIB no último trimestre de 2016. O pior índice foi registrado no setor da Agropecuária (-18,03%), em seguida no de Serviços (-4,29%) e por fim na Indústria (-2,72%).  Já o PIB de 2016, avaliado por setores, fechou em queda na Agropecuária (-8,02%), Indústria (-6,64%) e Serviços (5,52%). 

PIB Nacional x PIB Cearense

Em 2016 a taxa anual do PIB Cearense foi inferior ao PIB do Brasil. No Ceará o índice foi de -5,33%, enquanto o PIB nacional foi de -3,6%. O diretor geral do Ipece, Flávio Ataliba, explica que vários fatores influenciaram negativamente. Ele destaca a política monetária conservadora do Banco Central que, segundo Ataliba, aumentou a recessão principalmente nos Estados que têm como principal fonte de riqueza o setor de serviços. No Ceará o setor representa 75% do PIB. “Os juros elevados implicam em maior endividamento das famílias, restrição de crédito no mercado e desemprego. Esse elementos combinados têm um efeito devastador no setor de serviços, que depende de demanda interna, da própria economia cearense.” , afirmou Flávio Ataliba.

O diretor do Ipece lembra ainda que o PIB de 2016 não leva em consideração o início do funcionamento da Companhia Siderúrgica do Pecém, que tem impacto relevante na economia do Ceará a partir de agosto de 2016. “Não utilizamos os números porque as estatísticas utilizadas pelo Ipece, dependem de informações oficiais do IBGE.”, explica o diretor.

Expectativas para 2017

Para o diretor geral do Ipece, a economia brasileira começa a apresentar sinais de recuperação e para o ano de 2017 as expectativas são positivas. Flávio Ataliba afirma que, pelo ciclo econômico, quando se chega a um nível mais baixo, naturalmente se inicia o processo de recuperação. “Eu acho que a recuperação em 2017 no Estado do Ceará será muito forte acompanhada do alto volume de investimentos que o Ceará fez e continua fazendo. Isso vai impulsionar a volta de um longo período de crescimento.” Afirmou o diretor geral do Ipece.

Clique aqui para fazer o download do estudo.

Evolução do PIB Trimestral Ceará e Brasil -1º Trimestre de 2011a 4º Trimestre de 2016

 

24.03.2017

Assessoria de Comunicação da Seplag
Luiz Pedro Neto e Joanna Cruz – (85) 3101.4495

Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado
Casa Civil
comunicacao@casacivil.ce.gov.br
(85) 3466.4898