PIB do Ceará salta 18,3% no 2º trimestre puxado pela Indústria

29 de setembro de 2021 - 08:58 # # # #

Dháfine Mazza - Ascom Seplag

O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará saltou 18,3% no segundo trimestre deste ano, em comparação com igual período de 2020, quase seis pontos percentuais acima da média nacional (12,4%). O resultado foi impulsionado pela Indústria, que avançou 44,96% no acumulado de abril a junho deste ano, bem acima da média brasileira para igual intervalo de tempo (17,8%), conforme dados divulgados, nesta terça-feira (28), pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Com o desempenho do segundo trimestre, a projeção para o PIB cearense neste ano saltou de 5,77% para 6,24%.

“A velocidade de crescimento do Ceará, bem acima do Brasil, tem a ver com a capacidade de investimento do setor público e, agora, retomada pela indústria, do setor privado também. Há alguns anos, o Ceará é o estado brasileiro que mais investe em relação à sua receita corrente líquida. Esse potencial de investimento do setor público tem a capacidade de atrair os investimentos privados”, destacou o titular da Secretaria do Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag-CE), Mauro Benevides Filho.

Conforme o secretário, as medidas adotadas pelo Governo do Ceará durante a pandemia de covid-19 também foram fundamentais para a rápida recuperação da economia do Estado. “Outro ponto importante é que o Ceará tomou várias medidas, tanto na área econômica quanto na área social, para proteger as pessoas dos efeitos da pandemia e estimular a demanda agregada. Uma dessas importantes medidas foi a ampliação de 70 mil famílias para 150 mil famílias atendidas pelo Cartão Mais Infância Ceará, política social do Governo do Ceará destinada a famílias de extrema pobreza que têm filhos de até 5 anos e 11 meses. Essa e outras ações realizada pelo Governo do Ceará, por meio do governador Camilo Santana, estimularam a economia e reduziram o impacto da pandemia”, disse Mauro Filho, destacando o êxito do Plano de Retomada Gradual das Atividades Econômicas e Sociais do Ceará, coordenado pelo secretário executivo do Planejamento e Orçamento da Seplag, Flávio Ataliba, com participação do Ipece.

Geração de empregos

Outro setor que se destacou no segundo trimestre deste ano foi o de Serviços, com crescimento de 15,94% em comparação com igual período do ano passado, também acima da média nacional (10,8%). Juntamente com a Indústria, o setor de Serviços foi responsável pela geração de novos empregos com carteira assinada no Ceará no acumulado do primeiro semestre deste ano.

“Quando se fala em retomada da atividade econômica, você não pode deixar de falar do emprego formal. Hoje, o Brasil tem 14,4 milhões de desempregados, mas o Ceará, nessa retomada de um PIB que cresce 18,3%, enquanto o Brasil cresce 12,4%, gerou, neste primeiro semestre de 2021, 32.709 novos empregos com carteira assinada”, afirmou Mauro Filho. “O Governo do Ceará está estimulando a geração de empregos formais no Estado. Para o trabalhador contratado no seu primeiro emprego, o Estado pagará metade do salário mínimo. O objetivo é estimular a retomada e a absorção da mão de obra”, acrescentou.

Impacto na arrecadação

O titular da Seplag lembrou ainda que o avanço da atividade econômica também tem repercussão positiva sobre a arrecadação do Estado. “Quando a economia cresce, o emprego e a renda também crescem. Isso acaba afetando a capacidade de o Estado se organizar ainda mais fiscalmente. A atividade econômica vai girando e a arrecadação tributária também acaba tendo resultado positivo nesse processo”, avaliou.

Acumulado

O resultado do PIB foi antecipado pelo governador Camilo Santana na manhã desta terça-feira, durante live semanal realizado em suas redes sociais, e detalhado pelo titular da Seplag e pelos técnicos do Ipece.

Com o resultado alcançado no segundo trimestre, o PIB cearense acumula crescimento de 8,65% neste ano, ante o primeiro semestre de 2020. O resultado também ficou acima da média nacional para o período (6,4%). O avanço do PIB no Estado foi puxado pela Indústria (22,92%) e pelos Serviços (6,52%).