‘População precisa estar comprometida com o êxito do Plano de Retomada’
9 de junho de 2020 - 09:30 #Combate ao coronavírus #Coronavírus #Covid-19 #Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais #Retomada da Economia #Seplag
TEXTO: Dháfine Mazza
O secretário executivo de Planejamento e Orçamento da Seplag, Flávio Ataliba destacou o trabalho sério que o Governo do Ceará tem realizado no combate ao novo coronavírus, com a implementação de medidas de prevenção baseadas em dados científicos, a aquisição de respiradores e insumos e a ampliação do número de leitos hospitalares e de UTIs
“As pessoas precisam entender que o novo coronavírus, causador da Covid-19, não foi embora. Enquanto não houver uma vacina para prevenir essa doença ou um medicamento para tratá-la, teremos que conviver com o vírus. E isso exige o cumprimento rigoroso dos protocolos estabelecidos pelo Governo do Ceará”. O alerta foi feito pelo secretário executivo de Planejamento e Orçamento da Secretaria do Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag-CE), Flávio Ataliba, durante participação na live Conexão SVM em Casa, do Sistema Verdes Mares, realizada na tarde dessa segunda-feira (8), para falar sobre a implementação na Fase 1 do Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais no Ceará, iniciada ontem. O secretário executivo, que coordenou a equipe que elaborou o Plano, mostrou preocupação com as imagens registradas em diversos estabelecimentos comerciais de Fortaleza onde havia aglomeração e descumprimento às determinações do decreto estadual nº 33.617, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do último dia 6, que marcou o início da Fase 1 apenas na Capital.
“Após sete dias de transição, iniciamos nessa segunda-feira a implementação efetiva do Plano, com a liberação de milhares de empregos. No entanto, as imagens de pessoas se aglomerando em portas de lojas e de shoppings nos preocupou muito. Muitas dessas pessoas, inclusive, sem máscara, desrespeitando o decreto estadual, e sem a manutenção da distância mínima de dois metros umas das outras para evitar a disseminação do novo coronavírus. Iniciamos a implementação do Plano em Fortaleza devido aos resultados oriundos dos esforços realizados nas semanas anteriores, com o isolamento rígido, que permitiram reduzir a taxa de contaminação. Por isso, é fundamental que toda a população compreenda o momento que estamos vivendo, respeite o isolamento social que ainda está em vigor, saindo apenas para trabalhar nas atividades liberadas ou para realizar atividades essenciais, e contribua para que o número de casos de Covid-19 não cresça. O Governo do Ceará está fazendo a sua parte. A população precisa fazer a dela. Não queremos retroceder. Se não tivermos muito cuidado na Fase 1, há alta probabilidade de haver uma elevação dos números de contaminados. Se isso ocorrer, o governador Camilo Santana será obrigado a promover um novo isolamento rígido, pois a prioridade do Governo do Ceará é salvar vidas”, alertou.
Durante a entrevista concedida ao jornalista Samuel Quintela na live do Sistema Verdes Mares, o secretário executivo Flávio Ataliba afirmou que técnicos do Governo do Estado e da Prefeitura de Fortaleza, bem como o grupo que elaborou o Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais, que inclui representantes do setor público e da iniciativa privada, realizam diariamente o monitoramento rigoroso dos casos de Covid-19 na Capital para verificar a evolução da doença, com foco em indicadores como número de infectados, taxa de ocupação dos leitos hospitalares e quantidade de óbitos. “Se esses indicadores continuarem mostrando redução ao final da Fase 1, cuja duração é de 14 dias (tempo em que uma pessoa infectada pode manifestar os sintomas da doença), será possível a evolução para a Fase 2 do Plano na Capital”, disse, lembrando que o monitoramento dos dados da Covid-19 também é realizado em todo o Estado e que alguns municípios cearenses seguem em isolamento rígido.
Impacto econômico
Flávio Ataliba explicou que os resultados dos monitoramentos realizados na semana de transição do Plano mostraram ser possível dar início na Capital à primeira das quatro fases de retomada, mas alertou novamente que a pandemia não acabou e que é necessário seguir à risca os protocolos do Governo para a abertura das atividades econômicas e comportamentais liberadas. “A retomada da economia é importante para todos. É necessária para a iniciativa privada e também para o Estado, que precisa arrecadar para cumprir suas funções. Assim, o Plano foi pensado e elaborado de forma muito responsável para aliar atividade econômica e controle dos casos de Covid-19. No entanto, mais uma vez, ressalto que o comprometimento dos empresários e da população no cumprimento dos protocolos é essencial para o êxito do Plano”, declarou.
Ao ser questionado sobre o impacto da pandemia nos cofres do Estado, o secretário reforçou que a situação é preocupante e que as ações de combate ao novo coronavírus realizadas pelo governo estadual só foram possíveis devido à situação de equilíbrio fiscal do Ceará. “O Governo do Ceará, assim como a Prefeitura de Fortaleza, está conseguindo enfrentar a pandemia porque suas contas estão equilibradas. Isso permitiu, por exemplo, que o Estado comprasse 300 respiradores da China, com pagamento adiantado, e ampliasse a quantidade de leitos hospitalares e de UTIs. A poupança que o Estado fez está ajudando a superar essa fase, mas esse dinheiro, resultado do esforço de vários anos para manter favorável a situação das contas públicas no Ceará, uma hora vai acabar. Além disso, o governo federal ainda não repassou os recursos prometidos para auxiliar no combate à pandemia”, contou.
Ataliba lembrou que, para amenizar os efeitos negativos pandemia nos pequenos negócios, o Estado adotou algumas medidas, como a prorrogação do prazo para o pagamento de impostos. “O Estado está fazendo a sua parte, mas é preciso que todos colaborem para o Plano de Retomada tenha êxito. A situação é complexa. As medidas fiscais para reduzir o impacto sobre os negócios, a perda da arrecadação e o aumento dos gastos com saúde devido à pandemia implicarão na deterioração da situação fiscal do Estado ao longo do tempo”, explicou o secretário executivo da Seplag.
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