Ação conscientiza público da Seplag sobre relação entre alimentação e prevenção ao câncer

18 de outubro de 2024 - 16:56 #

TEXTO: Dháfine Mazza - Ascom Seplag | FOTOS: Dennis Moraes - Ascom Seplag

“Você é o que você come”. Certamente, você já deve ter escutado essa afirmação ao longo da sua vida. O que talvez você não tenha percebido é que ela não fala apenas sobre peso e forma física, mas sobre saúde, qualidade de vida e prevenção de doenças como o câncer de mama. Para orientar e esclarecer suas servidoras e colaboradoras sobre a relação entre alimentação saudável e prevenção ao câncer de mama, a Secretaria do Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag-CE) realizou, na manhã desta sexta-feira (18), uma ação educativa com exposição de macromodelos, orientação sobre realização do autoexame, roda de conversa e lanche com alimentos saudáveis.

A iniciativa foi promovida por meio da Coordenadoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (CGDep), com apoio da Assessoria de Comunicação (Ascom) e parceria da Associação dos Servidores da Seplag (Asseplag) e do Serviço Social do Comércio (Sesc). Ao abrir a roda de conversa, o secretário executivo de Planejamento e Gestão Interna da Seplag-CE, Roziano Linhares, destacou a importância do momento não apenas para abordar a alimentação saudável, mas também para promover uma reflexão do papel da mulher na sociedade e da relevância que cada pessoa possui para promover uma verdadeira transformação social. “A humanidade vem passando por fortes transformações. A sociedade parece estar ficando cada vez mais doente. Vivemos em uma cultura tão competitiva que parece que a vitória é um lugar que não existe. Estamos lutando o tempo todo, sempre correndo para atingir objetivos que parece que nunca são alcançados. Essa sociedade do cansaço impõe a todos nós uma série de desafios que nos faz questionar os rumos que teremos no futuro. Ter momentos como este é muito importante para fazermos essa reflexão, para pensarmos: Somos objetivos ou sujeitos da vida?”, disse.

Após a abertura, a nutricionista do Programa de Saúde do Sesc, Letícia Moura Nobre, iniciou a roda de conversa apresentando ao público temas como o processamento dos alimentos, que podem ser encontrados in natura, processados e ultraprocessados. Entre os exemplos dos processamento dos alimentos, ela citou o milho, que pode ser encontrado em espiga (in natura), em conserva (processado) e em forma de salgadinhos de milho no pacote (ultraprocessado). “O alto consumo de ultraprocessados contribui para a elevação de gordura corporal. Quando há excesso de peso corporal, há a inflamação. Se as nossas células de gordura estiverem a mais, nosso metabolismo começará a produzir substâncias pró-inflamatórias, a exemplo das citocinas, que liberam outros agentes para manter a inflamação. É importante destacar que não é apenas o peso corporal que deve ser considerado, mas sim o percentual de gordura”, explicou, acrescentando que, além dos hábitos alimentares, outras questões influenciam no peso, como metabolismo, hormônios e genética.

“A ingestão de uma dieta com alto teor de gordura e pobre em fibras alimentares é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama. Uma dieta rica em gordura aumenta os níveis séricos de estrogênio. Além disso, está relacionada ao aumento da inflamação nas glândulas mamárias, contribuindo ainda mais para o processo tumoral”, reforçou a nutricionista.

Alimentos prejudiciais x Alimentos protetores

Segundo Letícia Nobre, são considerados prejudiciais alimentos de origem animal processados; bebidas alcoólicas; alimentos ultraprocessados; alimentos ricos em gordura saturada e trans; e alimentos ricos em açúcares e carboidratos refinados.

“Uma dieta de alto índice inflamatório está associada ao risco do câncer de mama. A alimentação representa um potencial fator de proteção contra o desenvolvimento dessa neoplasia”, afirmou.

Nesse sentido, a nutricionista listou como alimentos protetores as frutas e verduras (propriedade anti-inflamatória e antioxidante); fibras (reduzem os níveis de estrogênio circulante); ômega-3 (anti-inflamatório e ajuda a equilibrar os níveis de gorduras saudáveis no corpo); e probióticos e prebióticos (melhoram a imunidade e a proteção da barreira intestinal).

Por fim, a nutricionista também ofereceu ao público dicas práticas para uma alimentação saudável: planejamento das refeições; incluir mais frutas e vegetais; reduzir o consumo de alimentos processados; controlar o consumo de açúcar e sal; e hidratar-se adequadamente.