15 anos da EGPCE: Painel discute educação corporativa

29 de abril de 2024 - 13:45 # # #

TEXTO: Dháfine Mazza - Ascom Seplag | FOTOS: Dennis Moraes - Ascom Seplag

O desenvolvimento de competências em servidores e colaboradores é fundamental para que a administração pública direcione os esforços coletivos para o alcance dos resultados que a população anseia. Por isso, o Governo do Ceará criou a Escola de Gestão Pública do Estado do Ceará (EGPE), vinculada à Secretaria do Planejamento e Gestão do Ceará (Seplag-CE), que, neste mês de abril, completou 15 anos de existência. Para celebrar a data, a EGPCE realizou, na última sexta-feira (26), no auditório da Seplag, um painel sobre educação corporativa com palestras da presidenta do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e ex-secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Pacobahyba, e da presidenta da Escola Nacional de Educação Pública (Enap), Betânia Lemos.

Ao abrir o evento, a secretária do Planejamento e Gestão do Ceará, Sandra Machado, destacou o relevante papel da EGPCE para a educação permanente e continuada dos servidores estaduais. “O trabalho da EGPCE nos transforma para que possamos fazer o nosso melhor e transformar a vida de milhões de pessoas. É a transformação que a gente faz na vida de cada um que a gente deixa como legado. A EGPCE hoje é uma criança. Que ela esteja aqui por muito mais tempo do que nós para nos mostrar que tudo passa. Cabe a cada um de nós dar o seu melhor, fazendo a diferença na vida das pessoas”, disse a secretária para a plateia formada por servidores estaduais, incluindo os secretários executivos da Seplag: Naiana Corrêa (Planejamento e Orçamento), Auler Gomes (Gestão e Governo Digital) e Roziano Linhares (Políticas Estratégicas para Lideranças).

Na solenidade de abertura do evento, a diretora da EGPCE, Dulce Ane Lucena, lembrou que a Escola também tem o papel fundamental de fazer com que o Estado do Ceará amplie a integração entre seus órgãos/entidades. “O Estado não conhece o Estado. Os órgãos/entidades, muitas vezes, não sabem o que podem aproveitar uns dos outros. É fundamental que a gente amplie esse conhecimento e essa integração. Nós ficamos mais fortes quando damos as mãos e caminhamos juntos. Podemos fazer mais se entendermos que não estamos sozinhos. A Escola existe para vocês, para cada servidor público de cada órgão. Estamos a serviço”, afirmou.

Educação X Resultados

Em sua explanação, a presidenta do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, Fernanda Pacobahyba, abordou a importância da educação corporativa no resultado das instituições. Ela propôs ao público uma reflexão crítica sobre a diferença entre imposição e diálogo, competição e colaboração, chefes e líderes e direitos formalmente iguais para todos x direitos materialmente igual para todos.Para a presidenta do FNDE, é preciso conhecer a diversidade da realidade de todos os brasileiros e compreender a diferença existente entre as regiões para que os direitos sejam materiais, e não apenas formais.

“Não temos brasileiros de segunda categoria. O menino que mora em uma comunidade ribeirinha distante é tão brasileiro quanto o menino que vive em Brasília ou no Rio Grande do Sul. Não podemos admitir brasileiros de segunda categoria. Precisamos sair de um ideal de reconhecer pessoas com direitos formalmente iguais, que é tratar todo mundo igual. Os direitos precisam ser materialmente iguais na implantação das políticas públicas. Não basta simplesmente eu dividir o orçamento disponível pelo número de estudantes brasileiros, sem considerar a realidade de cada um deles. Levar alimentação escolar para a Ilha de Marajó, por exemplo, não é a mesma coisa que levar para Brasília”, exemplificou.

Pacobahyba reforçou ainda a missão que os servidores públicos possuem na promoção da transformação social. “Precisamos nos equilibrar e nos aparelhar das ferramentas necessárias para enfrentar o nosso desafio, que é melhor servir”, disse.

Impactos

A presidenta da Enap, Betânia Lemos, falou sobre a educação corporativa e seu impacto organizacional. “É preciso fazer com que as pessoas sejam coesas e se dirijam para o mesmo lugar. E como podemos fazer isso? Desenvolvendo competências nas pessoas. E três coisas juntas formam a competência: habilidade, competência e atitude. A educação corporativa tem esse papel de desenvolver um grupo coeso, cada um na sua área específica, mas atuando juntos de uma forma que leve todo mundo para a frente. Quando a gente fala de educação corporativa, pensamos em todas as pessoas que trabalham no setor público. Ela tem que desenvolver em cada servidor o espírito de servir. A educação corporativa tem essa obrigação”, ressaltou.Ela também enfatizou a dimensão do impacto socioeconômico das equipes coesas. “No setor privado, uma equipe coesa tem impacto nos lucros, na vida dos colaboradores, na divisão dos lucros e, dependendo da empresa, no desenvolvimento local. A diferença para o setor público é o tamanho do impacto. Quando uma instituição pública consegue um time coeso, o impacto atinge milhões de pessoas”, afirmou.

Homenagens

A programação do evento realizado na última sexta-feira contou ainda com apresentação cultural dos servidores apresentados atendidos pelo Programa de Ação Integrada para o Aposentado (Pai), executado pela Coordenadoria de Promoção da Qualidade de Vida do Aposentado (Copai) da Seplag.

O momento também foi marcado por homenagens aos representantes titulares do Grupo Técnico de Gestão de Desenvolvimento de Pessoas (GTDEP).

Comemorações

As comemorações pelos 15 anos de existência da EGPCE incluíram ainda o lançamento do e-book “A trajetória da EGPCE no Desenvolvimento dos Servidores do Estado do Ceará: realizações com órgãos parceiros”, ocorrido na última quarta-feira (24), no Museu da Imagem e do Som (MIS); e uma sessão solene na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), realizada nesta sexta-feira (26), atendendo a um requerimento do deputado estadual e presidente da casa legislativa, Evandro Leitão.